sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Inspeção Veicular

Hoje não vou falar de nenhum caso em específico aqui da oficina, porém ao mesmo tempo vou falar de todos.

Desde o novo código brasileiro de trânsito (cbt) de 1997 está previsto a obrigatoriedade de inspeção veicular pra todos automóveis em circulação no país.


Essa inspeção incluiria desde os ítens de segurança (pneus, iluminação, extintor, etc) até as condições mecânicas (incluindo a vistoria quanto a adaptações) e também a inspeção ambiental (análise de gases e quanto aos resíduos gerados pelo automóvel).

Entretanto, esta vistoria nunca chegou a entrar em vigor plenamente em nenhum local, possibilitando que vejamos nas ruas essas latas velhas que atrapalham o trânsito e geram riscos a todos nós.

No município de SP desde o ano passado há a INSPEÇÃO AMBIENTAL VEICULAR, ou seja, parte daquela inspeção prevista no cbt de 97.

Essa inspeção em sendo ambiental NÃO leva em conta os ítens de segurança e tão pouco as condições mecânicas, não verificando e não reprovando por exemplo alterações como turbo e troca de motor.

A inspeção verifica basicamente POLUIÇÃO, então é analisado se o carro possui vazamentos (risco de contaminação do solo), se ele emite mais gases nocivos do que o regulamentado - verificado com o analisador de gases (risco de contaminação do ar) e ainda se o nível de ruído está dentro do pré estabelecido - ítem que nesse ano não será restritivo (poluição sonora).

Na expectativa de entrada em vigor da inspeção veicular, temos aqui no CJ equipamentos de análise de gases a mais de 10 anos e fazemos ensaios de emissões desde então (quando carros carburados eram muito mais frequentes aqui do que os injetados).

Segundo a portaria que rege a vistoria em 2010 os níveis emissões tolerados são os seguintes:




Em nossos ensaios o pior carro pra emissões dentre todos os amostrados nesses anos de experiência foi o corcel com carburador 228 (pé de ferro) e ele emitia 4 % de CO , isso após uma revisão básica de carburação e ignição.Outros carros da época (década de 70/80), em ordem emitem no máximo 2 % de CO.
Entretanto, carros com vela ruim, cabo, rotor e carburador sem manutenção aí sim chegam e passam dos 6%.
Portanto, pra quem tem o mínimo de cuidado e manutenção com o carro, mesmo que ele tenha 10, 20 , 30 anos de uso só vai gastar é o dinheiro e o tempo com a inspeção paulistana, não tendo dores de cabeça com reprovações na parte de emissões.
Antes que alguém pergunte, o limite de HC pra todos os carros é de 700 ppm (na gasolina, sendo ainda maior no álcool), e mesmo que esteja queimando muito óleo o motor fica abaixo desse patamar.
RESUMINDO: Não há o pq se preocupar quanto a EMISSÔES desde que a MANUTENÇÃO PREVENTIVA esteja em dia!
Em relação aos demais ítens da vistoria, é o mínimo dos mínimos, por hora não há nada com o que se preocupar, quem for reprovado por vazamento é por desleixo, ou vcs acham que um carro limpo que não consegue passar 20 minutos sem deixar uma gota de óleo no chão merece continuar rodando e poluindo o solo ???


Que venha a inspeção e leve os lixos! Sendo sério o trabalho dos inspetores tá tudo correto!em tempo, mudaram os critérios pro diesel pq estavam errados os que usaram em 2009.. mas isso é outro papo...







Um comentário:

  1. Meu amigo. Tenho um Jepp 71, o qual utilizo apenas para passeios urbanos esporádicos, com motor original e condições de manutenção melhor que muito carro novo por aí (que passam na inspeção).
    Apenas a manutenção NÃO resolve a questão, e o carro é reprovado sim, mesmo estando TUDO dentro do exigido em se tratando de manutenção. Lembre-se que estes veículos foram fabricados quando não existia este tipo de preocupação e com outra tecnologia.

    Tenho todo cuidado e faço todas as manutenções, e fui reprovado 02 vezes. Seus comentários exibidos na matéria são, no mínimo, ridículos.

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