Do outro lado tinha outro com o dobro de tamanho....
Com isso a história do Jeep mudou.. e veio parar no CJ CHECK-UP..
Após alguns estudos e discussão, como o jeep é de passeio, resolvemos por um powertrain mais civiluzado...
E assim, após uma busca e negociações em desmanches, tiramos de um Gol 1.8i um motor completo, e de um chevette, o câmbio de 5 marchas.
Com as flanges vermelhas das fotos, fizemos a conexão de motor e câmbio e tbm ficou pronto pra receber a transferência Willys (4x4 e reduzida).
Como com o novo motor não mais teríamos hélice mecânica, optamos por uma de Zafira, em frente ao radiador pra dar mais espaço pro motor vir bem pra frente e com isso a alavanca do câmbio ficar numa posição boa lá dentro...
Agora, o motor já está fixado, o câmbio também, a reduzida com coxim e tudo...
Faltam as ligações elétricas , escapamento e mais alguns detalhes e em breve volto com vídeos e impressões ao dirigir!!
Após meses desenvolvendo um produto que não vingou pra gerenciar a injeção, a tal de RACE, resolvemos como o dono da Engesa 4.1 MPFI partir pra uma injeção comercial, e dessa vez instalamos uma Fuel Tech.
Abaixo dá pra ver que agora obtivemos um aspecto original e no filme provamos o belo funcionamento do carro. Nesse módulo, optamos por 5 configurações diferentes, escolhidos pelo usuário de acordo com sua necessidade:
1 - Álcool Forte - só no tanque, se no condutor, usar programa 2 - Gasolina Econômico - econômico dentro do possível 3 - Gasolina Forte - Tbm poderá ser usado em caso de adição de até 40% de álcool. 4 - Álcool Econômico - Tbm poderá ser usado para misturas acima de 40% álcool na gasolina 5 - Manobrista - Potência estimada de 70 cv, limite de giro 3.000 rpm, velocidade máxima 60 km/h....
Agora que venham os testes de estrada e de trilha!!
A oficina é um ambiente interessante, principalmente uma como a nossa, que realiza serviços um pouco além da simples manutenção e troca de peças...
A quem tem acompanhado o blog a algum tempo vai lembrar das fotos ao lado e abaixo: 2 frutos do trabalho de 2009, uma Puma e um Jeep CJ-3 que saíram zero km daqui...
Agora, ano novo, nova temporada de encrencas...
Abaixo estão os 2 novos desafios pra esse ano:
A puma amarela, encostada a mais de ano em uma outra oficina, onde pouco se aproveita... é uma verdadeira reconstrução..
A fibra está bem torta, com pedaços ancorados em ferro de construção, motor com 1 só carburador, bem baleado, e nem sequer chave pra testar o bicho ela tem...
Se a Puma é pra reconstrução, isso da foto abaixo é uma verdadeira construção.
Isso será um Jipe CJ-5 alongado e com cara e tamanho de CJ-7 americano. O chassi chegou já com um projeto definido, alongado em 37 cm apenas pra nossa execução... mas isso não significa que faremos exatamente o que o dono quer... afinal, tem dono com idéia maluca e com estes não dá pra seguir ao pé da letra...
Durante todos esses anos que fizemos trilhas de Jeep, convivemos com um problema crítico tanto em nossa viatura quanto na dos amigos, e quem já enfrentou uma trilha com muito barro também vai se lembrar da cena. Você entra em marcha no atoleiro, mete o pé até um ponto que o jipe pára, daí pisa na embreagem coloca ré, mexe um pouco, pisa denovo na embreagem e quando solta pra ir pra frente nada..... vc bomba a embreagem e nada..... fim da brincadeira... a embreagem já era...
Em partes, o vídeo do funcionamento de uma embreagem explica o fenômeno:
Além de mostrar os componentes: volante do motor (flywheel), disco de embreagem ( clutch disc), platô (pressure plate) e rolamentos, na animação podemos ver que o acionamento da embreagem cria um espaço entre disco e volante do motor, e esse espaço quando você está submerso em lama é tomado pelo barro calçando o disco e acabando com o funcionamento do conjunto motor+câmbio...
Porém, o problema maior não está no sistema da embreagem em sí.... errado está a lama de entrar naquele lugar onde fica a embreagem, chamado de caixa SECA! Na foto abaixo a caixa seca é a peça arredondada de cor vermelho logo abaixo do motor (verde).
A solução pros trilheiros não ficarem sem embreagem nos lamaçais é simplesmente impedir que a lama entre na caixa SECA.
Agora, por onde entra a lama? Por cima a caixa SECA é uma peça única, por baixo, há uma proteção que pode ser vedada facilmente com cola de silicone..
O maior problema é o garfo que aciona o rolamento da embreagem, destacado na foto abaixo. Esse garfo precisa de espaço pra trabalhar, e essa janela vira uma porta de entrada pro barro!!!!
Felizmente, na reforma do Recruta acabamos com o problema, conforme vemos na foto abaixo, fechamos a janela pro garfo e jogamos o garfo fora!
Isso foi possível, colocando um atuador de embreagem hidráulico que empurra o rolamento da embreagem e fica alojado ao redor do eixo piloto do câmbio. Assim, só precisam entrar na caixa seca 2 tubos de cobre pra levar o fluido pro atuador, e como o tubo não se mexe fica bem fácil vedar...
Ao lado a cara do atuador usado na adaptação, vindo de uma Chevrolet S-10
E pra acionar o atuador da embreagem, ao pedal foi ligado um cilindro com reservatório, tudo da Bandeirantes.
Dessa forma, agora temos um pedal macio, pois a embreagem ficou hidráulica, e a caixa seca está sempre SECA, sem barro, por mais que estejamos com lama até os olhos....